segunda-feira, 23 de junho de 2008

Poesia no Leme dia 22-06-08

No último dia 22, fizemos um agradável encontro de poetas para marcar a nova fase da poesia no Canto do Leme. A partir de agora, homenagearemos sempre um poeta contemporâneo e um poeta clássico, seguindo o molde do que era feito anteriormente no Jasmim-Manga. E, para evitar que o mau tempo gere dúvidas sobre a ocorrência ou não do sarau, sempre que chover ou que o vento estiver muito forte, nos encontraremos no restaurante Fiorentina (como ocorreu neste domingo) ou no Sindicato do Chopp, ambos bem próximos à Pedra do Leme.




















(Peço perdão aos amigos pela má qualidade das fotos; problemas com as pilhas não me deixaram tirá-las com a calma necessária)

Alguns dos poemas ditos nesta noite:

A lua no cinema (Paulo Leminski)

A lua foi ao cinema,
passava um filme engraçado,
a história de uma estrela
que não tinha namorado.

Não tinha porque era apenas
uma estrela bem pequena,
dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer: que pena!

Era uma estrela sozinha,
ninguém olhava pra ela,
e toda a luz que ela tinha
cabia numa janela.

A lua ficou tão triste
com aquela história de amor
que até hoje a lua insiste:
- Amanheça, por favor!


Poetas (hFroidi)

Poetas não nascem em Belém
Poetas não são homens de bem
Poetas não dizem ao que vêm
Poetas não são business men
Poetas não vivem de salários
Poetas não são mais necessários
Poetas na dança dos contrários
Tornam-se bons publicitários
Poetas não têm objetivos
Não são economicamente ativos
Poetas são enterrados vivos
Em suas sepulturas de livros.

Também foi lido o livro de poesia infantil "A libélula abilolada", de Bia Hetzel. Quem lembrar de mais algum poema recitado neste domingo, por favor poste nos comentários!

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